A colher com xarope, o lençol colocado por cima do seu corpo, o beijo na testa e um pedido a Deus que melhorasse, demostravam a quantidade de carinho que ele abrangia por ela. Ele era alguem em quem poderia confiar, alguem que importava-se com o que ela representava, independente das suas atitutes covardes e egoistas que o magoavam, contudo ele jamais fraquejou, ele aproximava-se mais e mais.
Ao lado da cama com olhar de preocupaçao, a agua fervendo no bule para o cha, os sonhos adormecidos em sua mente de um romance ao lado dela, assim ele queria ser o par perfeito, pelo menos o amigo apaixonado que talvez um dia fosse notado, essas eram suas esperanças, privar-se de sua vida por outra vida, aquilo era muito cruel, quem observava de fora, sabia do seu sofrimento, dos esforços que fazia para agrada-la, “ - Voce pode fazer isso por mim?”, sem relutar dizia “ – Mas e claro!”.
Durante o leito, a menina lamentava ter errado tanto e não ter respeitado os sentimentos de quem realmente a amava, perguntava-se “Porque fui tao cega?”,“Porque amamos quem não nos ama e damos valor as pessoas erradas?” .
A sua ultima noite foi de um interrogatorio pessoal, seu corpo sucumbia em lagrimas, ele tinha adormecido segurando a sua mao, aquilo a confortava, suas atuaçoes simples e efetivas mesmo após a morte não seriam esquecidas, tentou adivinhar o que ele deveria estar sonhando mas não conseguiria chegar ate o fim do sonho, pois a sua hora tinha chegado.
Os dois adormeceram juntos de maos dadas, porem somente um deles acordaria para uma nova vida, talvez um recomeço tornara-se necessario para ambos, infelizmente somente um sobreviveu da sua doença. E essa doença era o amor.
Faça-se apaixonado e faça-se apaixonar...
Contudo sempre a um limite entre a razao e a emoçao...
Jefferson Lucas